Sinônimos
Pesquisa de esquistossomose.

Amostra biológica
Liquor.

Indicação
A esquistossomose (bilharzíase) é uma infecção helmíntica causada por parasitas do gênero Schistosoma, sendo que as espécies japonicum, mansoni, e haematobium são as que mais frequentemente causam manifestações clínicas.
A gravidade dos sintomas do SNC depende da localização dos granulomas e da gravidade da resposta imune do hospedeiro. A encefalopatia esquistossomótica aguda é tipicamente causada por S. japonicum. Complicações clínicas cerebrais de neuroesquistossomose aguda cerebral incluem delírio, perda de consciência, cefaleia, convulsões, deficiência do campo visual e déficits motores e sensoriais. Podem ocorrer lesões tumefativas por S. japonicum, mais comumente no cerebelo. Complicações cerebrovasculares podem também ocorrer, com vasculite cerebral pode ocorrer durante o estágio inicial pós-infeccioso. Comprometimento cognitivo foi relatado em crianças com neuroesquistossomose, mais comumente entre aqueles cronicamente infectados. Esquistossomose cerebral assintomática pode ocorrer em pessoas previamente expostas à esquistossomose. Estudos neuropatológicos detectaram ovos de esquistossomo em quase 25% dos cérebros de pessoas com esquistossomose hepatoesplênica. A neuroesquistossomose cerebral é raramente vista em nosso meio, visto que S. japonicum é mais comumente encontrado na China, Filipinas e sudoeste asiático.
A mielorradiculite esquistossomótica é a forma neurológica mais comum de esquistossomose no nosso meio e é habitualmente causada por S. mansoni, que é encontrado em partes da América do Sul, África, sudoeste asiático, Caribe e Oriente Médio. Apresenta-se de forma aguda ou subaguda como uma síndrome da medula espinhal, frequentemente associada com envolvimento da cauda equina. A mielorradiculopatia esquistossomótica geralmente ocorre logo após a infecção primária e é mais provável que seja sintomática do que a esquistossomose cerebral. A reação inflamatória em torno do ovo leva à formação de um granuloma, congestão e edema localizados nas raízes espinhais. Os ovos podem ser transportados de forma retrógrada no plexo venoso vertebral de Batson, sem válvulas, que conecta o sistema venoso portal e a veia inferior cava com as veias espinhais. Tal mecanismo de migração explica a topografia da inflamação na região lombossacra. Clinicamente, a mielorradiculite esquistossomótica caracteriza-se por fraqueza rapidamente progressiva e deficiência sensorial associada a disfunção vesical. Paraplegia junto com flacidez muscular e abolição de reflexos, retenção e perda urinária, diminuição de sensibilidade superficial e profunda ocorrem em função do acometimento do cone espinhal e da cauda equina. Espasticidade pode ocorrer quando porções superiores da medula espinhal são afetadas.

Interpretação
Positivo: presença de esquistosomose em SNC.

Prazo de Liberação
15 dias úteis.

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